Portal da Transparência da Câmara registra gastos de mais de R$ 3 milhões entre fevereiro até segunda (22).

Com seis meses de atividade nesta nova legislatura, eleita em 2018, os 22 deputados federais cearenses contabilizaram um custo de mais de R$ 3 milhões para os cofres públicos com a cota parlamentar, segundo o Portal da Transparência da Câmara dos Deputados. O total de gastos dos 513 deputados, por enquanto, supera R$ 68 milhões com a cota.

Além do salário bruto de R$ 33.763 e da verba de gabinete de R$ 111.675,59 para pagar funcionários do mandato parlamentar, os deputados do Ceará têm direito a uma cota mensal de até R$ 42.451,77 para cobrir despesas em função da atividade de parlamentar.

Manutenção de escritório, aluguel de veículos, bilhetes aéreos, telefonia, alimentação, serviços postais e combustíveis são algumas das despesas pagas pela cota parlamentar. Os valores, contudo, ainda podem mudar, porque congressistas têm até 90 dias para registrar as despesas na Casa. O saldo não utilizado acumula-se ao longo do exercício financeiro, vedada a acumulação de um exercício financeiro para o seguinte.

Além disso, alguns parlamentares possuem um adicional em virtude de cargos que ocupem na estrutura da Câmara: líder ou vice-líder de partido político, de bloco parlamentar ou da minoria; líder ou vice-líder do governo na Câmara dos Deputados ou no Congresso Nacional; presidente ou vice-presidente de comissão permanente; e representante de partidos políticos com menos de um centésimo da composição da Câmara.

Divulgação

O maior gasto da bancada cearense foi com divulgação da atividade parlamentar. Os deputados cearenses gastaram pela cota mais de R$ 769 mil. O recurso foi utilizado para criação de artes, impressão de materiais e até compra de espaço em rádios, por exemplo, para o deputado falar sobre seu trabalho.

Segundo alguns parlamentares, o gasto com divulgação parlamentar é importante para manter os eleitores informados sobre a atuação e atividades do mandato. Outra grande despesa dos deputados cearenses foi com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos, totalizando mais de R$ 763 mil.

Os deputados costumam pagar empresas de advocacia ou de pesquisas para auxiliar no exercício do mandato, especialmente para redação ou ajustes de projetos de lei.

Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Fonte: Carol Curvello/Diário do Nordeste

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