Os cartões também podem ser utilizados como cartões de débito em estabelecimentos comerciais

A Visa será a bandeira do Jaé, o novo cartão de transportes da cidade do Rio de Janeiro. A empresa operadora vai ficar responsável por administrar a emissão dos cartões, os sistemas de recarga e os de atendimento, enquanto a Visa permitirá que o cartão seja utilizado na rede de estabelecimentos que aceitam a bandeira.

Os cartões, emitidos pela Dock, funcionam em um primeiro momento como cartões pré-pagos que servem principalmente para pagar a tarifa do transporte coletivo carioca, mas que também podem ser utilizados como cartões de débito em estabelecimentos comerciais.

“É um cartão pré-pago, mas que permite futuramente um vale alimentação ou um vale refeição”, disse o presidente da Visa no Brasil, Nuno Lopes Alves. “A tecnologia comporta um cartão de crédito, só não nasce com ele.”

Criado a partir de uma licitação feita pela Prefeitura do Rio, o Jaé será o único cartão aceito nos validadores de transporte geridos pelo município a partir do ano que vem, no lugar do atual Riocard. Ele também será aceito em outros meios de transporte, como o metrô e os trens da Supervia, mas não será exclusivo, neste caso.

“É um cartão de transporte, mas que hoje está sendo iniciado pelo BRT. A ideia é, em 1º de novembro, entrar com todos os modais, e entrar com a experiência e a expertise da Visa”, afirmou o CEO da Jaé, Wagner Pontes.

O sistema é semelhante ao que o governo de São Paulo adotou com o cartão Top, que tem bandeira Mastercard. O Top substituiu o BOM, antigo bilhete dos trens da CPTM e dos ônibus intermunicipais operados pela EMTU.

A secretária de Transportes do Rio, Maína Celidônio, disse que o sistema será mais transparente e evitará conflitos de interesse, porque a licitação impedia que empresas que tivessem operadores do sistema de transporte como acionistas. “Buscamos um concessionário que provenha validadores, cartões, ATMs, pontos de atendimento, tecnologia e recolhimento do dinheiro por uma conta do município.”

A licitação foi disputada em um leilão de outorga, em que a outorga mínima era de R$ 5,25 milhões. O consórcio vencedor ofereceu R$ 110 milhões. A mudança no sistema de bilhetagem é uma bandeira da gestão do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Ele afirma que o sistema atual é pouco transparente para os usuários e a Prefeitura da cidade.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Da Redação

Fonte: Portal | Mercado & Consumo

Foto: Reprodução