Rede criou novos modelos de loja e planeja inaugurações no exterior

A Casa do Construtor comemora seu aniversário de 30 anos com a marca de 600 lojas abertas. Com unidades em todo o Brasil, quatro no Paraguai e uma no Uruguai, a rede de franquias de aluguel de equipamentos planeja ampliar sua capilaridade e chegar às mil unidades até 2025.

Para isso, a rede está apostando em um modelo desenhado para atender municípios de menor porte, com até 40 mil habitantes. Chamado de + Rental, as unidades funcionam na modalidade store in store (loja dentro de loja) e ficam dentro de depósitos e lojas de materiais de construção. A operação tem investimento inicial de R$ 325 mil.

Seguindo a direção contrária de fechamento de unidades físicas e desaceleramento do negócio, a empresa criada por Altino Cristofoletti Jr. e Expedito Arena cresceu exponencialmente durante a pandemia. O isolamento obrigou os brasileiros a voltarem suas atenções para suas residências e, durante o cotidiano caseiro e limitado, entre reuniões via chamadas de vídeo e tutoriais de pães caseiros, o movimento “faça você mesmo” ganhou força e segue firme até hoje.

“Essa tendência segue nosso apelo pela autonomia do consumidor, e o grande segredo é ser um facilitador: viabilizar os equipamentos necessários e mostrar que ele é capaz de colocar um varal de roupas dentro da casa dele”, explica Expedito Arena, sócio-fundador da Casa do Construtor.

O aumento de aluguéis de ferramentas de quem sentia necessidade de melhorar aspectos de sua residência cobriu a diminuição do aluguel de pessoas jurídicas, como condomínios e escolas. Com 1,4 milhão de contratos feitos anualmente, 70% são feitos por pessoas físicas. A porcentagem se inverte quando o assunto é faturamento: com contratos recorrentes, consumidores PJ são responsáveis por 60% do balanço da empresa atualmente.

Oferecendo cerca de 90 itens, da betoneira à extensão de fios, a Casa do Construtor se tornou também um dos principais compradores de máquinas de pequeno porte do Brasil.

Início

Fundada em 1993, a empresa nasceu com pequenos engenheiros e empreiteiros como público-alvo. À época, o aluguel de equipamentos de construção era comum apenas na modalidade B2B (business-to-business), entre grandes empresas para grandes construtoras.

“Percebemos que a locação era algo importante e significativo do nosso negócio e começamos pelo caminho inverso, o B2C (business-to-consumer). Uma empresa pequena alugando para o consumidor final. Fazíamos isso por duas razões: nosso público era do varejo, e não tínhamos grana para comprar grandes equipamentos”, conta.

Sem capital para investir na abertura de outras unidades, a solução para o crescimento foi a remodelação do negócio e um plano baseado em franquias. A primeira loja no formato foi inaugurada em 1998, em Americana (SP) e é mantida pelos fundadores até hoje. As unidades próprias são minoria e têm o propósito de desenvolvimento do negócio.

“Nós pensamos em franquias em 1995. Começamos a escrever os manuais do franqueado em 1996, e em 1997 abrimos a primeira loja nos moldes de uma franquia para testarmos o modelo, que ficou pronto quando abrimos em Americana”, conclui.


Pesquisa, Redação e Edição: Carlos Martins

Por Gabrielly Mendes

Fonte: Portal | Mercado & Consumo

Foto: Reprodução